Cafeína

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Sinopsis

Em sua estreia na ficção, Maurício Torres Assumpção, autor de A história do Brasil nas ruas de Paris, apresenta uma grande história narrada em nossa História

Em Cafeína, Maurício Torres Assumpção estreia na literatura com um romance marcado pelo mesmo apuro histórico de seu trabalho na não ficção – que deu origem ao premiado A história do Brasil nas ruas de Paris.

O que você, muito rico, faria para escapar da Justiça por um crime que cometeu? O que você, muito pobre, faria para escapar da Justiça por um crime que não cometeu? Um barão do café e um jovem órfão refugiam-se, pelas artimanhas do destino, na efervescente e contraditória Paris da Belle Époque. Ali se cruzarão, de modo amargo e inevitável, os caminhos do barão de Lopes Carvalho e de Sebastião Constantino do Rosário. Trata-se de uma grande história narrada em nossa História, que, sob as luzes e as sombras do fim do século XIX, acompanha dois personagens inesquecíveis e dois “Brasis” tão diferentes.

No meio da multidão que lota a praça Pigalle, Sebastião está sozinho, faminto e precisa recomeçar a vida. Tino, como é conhecido na pequena Ibirapiranga, menina dos olhos do abastado Vale do Paraíba, é um mestiço estrábico e tímido de apenas dezessete anos. Filho de criação de uma cozinheira e de um padre francês, foge às pressas daquilo que chama de casa após ser acusado de um crime que não cometeu. Agora, em Paris, precisa lutar para sobreviver e tentar, na medida do possível, não se meter em confusão.

Em outro canto da cidade, num belo palacete da elegante rua Bassano, o barão sonha com a construção de uma usina de torrefação de café no subúrbio parisiense e traça planos grandiosos, esperando conquistar o seu espaço na alta sociedade francesa, deixando, de uma vez por todas, o Brasil para trás.

O acaso, ou o azar, se encarrega de promover o encontro de dois brasileiros em tudo distintos. Numa ironia do destino, Carvalho e Tino, retratos opostos de um mesmo Brasil, têm suas vidas entrelaçadas pelo café e pela desgraça: para concretizar seus planos de poder, o mais forte dependerá da sobrevivência do mais fraco.

Finalista do Prêmio Rio de Literatura 2019, Cafeína é fruto de uma dedicada pesquisa em fontes primárias e da inventiva recriação de fatos e personagens que marcaram as histórias do Brasil e da França. Maurício Torres Assumpção guia-nos pelas surpreendentes trajetórias desses dois personagens ao mesmo tempo que descortina o auge e a decadência do Vale do Paraíba, a realidade da escravidão, os últimos dias da monarquia e aos primeiros da República brasileira, além da Paris dos grandes empreendimentos, como a Torre Eiffel, dos operários miseráveis e da boemia dos cafés e bordéis de Montmartre.

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